Decorreram nos dias 8,9 e 10 de Março as Conferências@dec no Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra.
As conferências, mais ou menos interessantes, foram-se sucedendo e chegou-se ao último dia das conferências
A grande atracção era sem dúvida a conferência do arq. Souto Moura e do eng. Rui Furtado que iriam falar acerca do Estádio Municipal de Braga.
Por impossibilidade do arq. Souto Moura em estar presente, a conferência foi adiada para o dia 30 de Março às 15horas.
O programa foi seguido com a normalidade possível e as Conferências@dec prosseguiram com a conferência dos responsáveis por um dos projectos vencedores do Prémio Secil Universidades 2004. Ponte pedonal atirantada sobre o Rio Mondego em Penacova
Com o auditório cheio de futuros engenheiros e arquitectos, notava-se que a qualquer momento a bomba ia estourar
Como é habitual, no final da conferência seguiu-se um período de perguntas aos oradores.
Não estando em causa o seu valor enquanto engenheiros, apercebeu-se que nenhum deles era dotado do dom da oratória
E tudo começou quando um estudante de arquitectura, com o seu valoroso espírito interventivo, questionou a necessidade da utilização de tirantes no suporte do tabuleiro da ponte.
A resposta foi vaga e pouco esclarecedora os nosso colegas de arquitectura esfregavam as mão de contentes tinham encontrado um ponto fraco
Voltaram à carga e desta feita uma futura arquitecta voltou a questionar os incómodos (ou não) tirantes
De novo a resposta foi vaga, apenas se tentou explicar que a estrutura em si não chocava com o meio envolvente.
E para finalizar, a mesma estudante de arquitectura teve a infeliz citação: Para uns simples estudantes de Engenharia, até que não está mal de todo.
E agora a Defesa de Honra. Aos nossos colegas de Arquitectura: Uma Ponte Pedonal, ao contrário do que vocês disseram, é alvo de várias solicitações. Uma ponte Pedonal nunca poderá ser dimensionada para o caso simplista de uma só pessoa a atravessá-la.
Além da acção do vento, qualquer obra de engenharia deve ter em conta a acção sísmica e neste caso particular a acção dinâmica das várias pessoas que a atravessam, além do peso próprio da estrutura. Para saberem mais convido-os a ler o Regulamento de Segurança e Acções. Os tirantes, apesar de não serem a única solução possível, são de facto necessários.
Tenho pena que não tivessem assistido ao brilhante discurso do Prof. Dr. Celestino Quaresma, em que prova por A+B porque razão é um orgulho ser engenheiro civil.
E esses simples estudantes de engenharia arrecadaram um dos prémios mais prestigiantes a nível de Universidades em Portugal, coisa que essa simples estudante de arquitectura nunca vai saber o que é.