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Espantados não? Pois bem o CivilBlog fez o trabalho de casa e mais uma vez presenteia-vos com mais um artigo de duvidosa qualidade. Mas também o que queriam? Para o que pagam, não podem pedir muito não é? (Estou a brincar, para vocês meus leitores, só quero o melhor)
Mas falando do que realmente interessa, ou seja sobre o título deste artigo –“Sexo no Alentejo atravessa crise”, esta foi mais uma brilhante pérola do jornalismo português que gosta muito que o povo esteja sempre a par do melhor que se passa no mundo. Ao ler este artigo num jornal prestigiado do nosso mercado (mais precisamente o correio da manhã) fiquei vidrado no título do artigo mas hesitei quando era para o ler, será que eu estava pronto para um furo jornalístico desta qualidade? Será que eu merecia saber que os alentejanos já não sabem fazer sexo e por tal facto o país vai começar a andar mais rápido? Será que os alentejanos vão ficar em risco de extinção se não procriarem? Nada disso caros leitores, o sexo no Alentejo está em boa saúde e recomenda-se (pelo menos a pseudo revista “A Dica da Semana” o afirma), mas então o que se passa? Devem estar a perguntar-se neste momento. Eu digo-vos, não querendo mais aumentar a vossa angústia, e passo a citar:
“A crise chegou ao negócio do sexo. No Alentejo, as prostitutas estão a vender os programas de prazer a preço de saldo para sobreviver à forte concorrência das casas e bares de alterne situadas na raia espanhola. Sem clientes e rendimentos para sobreviver, muitas mulheres começam agora à procura de um novo trabalho, sobretudo nas limpezas.”
Correio da manhã, 10 de Fevereiro 2007
Afinal não é performance sexual dos Alentejanos que está aqui em prova, mas sim a concorrência das casas da alterne alentejanas com as congéneres espanholas, enfim os alentejanos até vão pagar menos para praticarem sexo (quem assim o quiser claro), e isto não é bom para eles? Estas lutas só fazem com que o povo alentejano ganhe, porque agora tem muito mais hipótese de fazer sexo a um preço mais convidativo (contudo algo me diz que isso ia dar muito trabalho, e para trabalhar o alentejano não mexe uma palha, quem diz trabalhar diz fazer qualquer coisa). Estou neste momento a ver a porta de uma casa de alterne alentejana cartazes com as seguintes frases:– “Pagas uma e dás a outra de graça”, ou “Carne tenrinha a metade do preço” (esta do tenrinha deve ter muito que se lhe diga) ou ainda “Aqui comes muito mas pagas pouco (tremoços e copo de vinho não incluídos)”.
Eu até dava uma ideia para que as casas de alterne alentejanas dessem a volta a esta situação, que tal as casas de alterne alentejanas juntarem-se todas e criar um cartão, hã? Do género daqueles que existem já no mercado (cartão continente, BP, Galp, Minipreço, etc.) assim os clientes deste tipo de serviço além de terem descontos nos favores sexuais podiam ir colocar gasóleo nas suas lambretas a um preço mais baixo. Ou mesmo ter descontos nas cadeias de supermercados da zona, todo o comércio alentejano ficava a ganhar não era?
Na parte que eu transcrevi do artigo jornalistico, diz que as mulheres da vida, começaram a procura de um novo trabalho pois não tem rendimentos para sobreviver, eu acho mal, melhor, bem vistas as coisas não é assim tão mal, passo a explicar. É mau, pois as meninas ao irem fazer um outro trabalho que não estão habituadas, é conhecimento que se perde nas áreas que elas actuavam, ou seja, porque não as colocar a ensinar as moçoilas alentejanas a fazer strip ou mesmo a fazer dança do ventre (não me esqueci do varão)? Por outro lado (lado bom) as meninas que vão fazer outros trabalhos, como é o caso de limpezas, secretariado, etc.. só faz com que os futuros patrões fiquem a ganhar, pois já não têm muito trabalho a ensina-las a fazer aquilo que muitas levam anos a aprender ou mesmo, estes terem menos probabilidades de levar processos judiciais por assédio sexual, ou não é verdade.
Ou seja, tudo na vida tem um lado bom e um lado mau. Neste caso as meninas na vida tem problemas em arranjar clientes, logo baixam os preços. O alentejano que queria esse serviço paga menos e se calhar ainda tem mais do que devia. Quem é que fica a ganhar, é claro que é o cliente.
Se a lei da concorrência (que faz baixar os preços) aplica-se a mais venha profissão do mundo, porque será que não se aplica aos combustíveis?
Well_pt