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É madrugada. O corpo pede descanso mas o coração não quer parar... Nem eu...
A noite invade-me com o seu abraço frio que me acolhe, que me acompanha, que acalma a inquietude que vive em mim.
Lá em cima, a lua, como fiel guardiã, vigia os meus passos pelas ruas de sempre, em mais uma noite errante em que só a solidão me impede de estar sozinho, a eterna companheira dos insatisfeitos.
Queria eu afastar de vez este desassossego, esta vertigem de não conseguir cumprir o meu destino, por mais inevitável que ele seja. Mas vivo desta ansiedade, deste querer viver mais do que uma vida, desta sede de ser mais do que sou, deste amor maior que o peito.
Procuro refúgio na noite, mas é na noite que mais uma vez me vou perder...
Mas no amanhã tudo é diferente, excepto esta inquietação, que teima em não me abandonar, que me devolve à madrugada como se não tivesse havido amanhã. E é de novo madrugada... Lefty.