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Ele há dias assim, em que a um gajo não apetece dizer ou fazer nada de importante ou extraordinário. Eu cá ando nesse estado desde 1991 pelo menos, mas isso já todos devem ter percebido mal entraram neste blog pela primeira vez.

 

Hoje vou falar-vos de uma experiência mística... não é da vida depois da morte mas sim da noite de Coimbra depois da (velhinha) licenciatura.

 

Foi obviamente com os dois pés atrás que aceitei o convite de voltar a passear pelas velhinhas ruas da noite de Coimbra, onde andei (leia-se por vezes rastejei) tanto e tantas vezes.

 

Preparadíssimo para fazer figura de cota nostálgico no meio dos actuais detentores dos direitos de utilização desse lugar mítico, lá respirei fundo e até fui tomar banho!! Se há coisa que Coimbra me ensinou, é que sabemos como começa, mas nunca saberemos como acaba.

 

E lá fui eu, com banhinho tomado e o meu ar menos respeitável para não destoar do resto do pessoal.

 

Na minha idade, a noção de uma noitada começa às 20h e acaba às 00h30... lá me encharquei de cafés para pelo menos tentar chegar às 01h00 sem estar sentado numa cadeira de boca aberta, a barbar-me e a imitar o som de uma automotora a caminho da Lousã.

 

Erro crasso... o excesso de líquidos numa bexiga tão castigada por uma saudável vida académica veio a revelar-se uma dedicada romaria às instalações sanitárias mais próximas, a algumas árvores, ao Rio Mondego e à roda de trás de um Renault Clio comercial cinzento.

 

Eu quero pensar que as pessoas me achavam enigmático por andar sempre a desaparecer... sem suspeitarem da hiperactividade da minha bexiga!

 

Mas precalços da Natureza à parte, lá consegui detectar um grupo de jovens ainda imberbes, com os olhos a brilhar de esperança (ou de psicotrópicos... não percebi bem) vítimas perfeitas para eu descarregar toda a minha nostalgia de uma vida académica coimbrã. Com o meu melhor ar de cota vivido e marcado pela vida, abordei-os com a subtileza de uma pá das obras! Falei-lhes de como eles se deviam dedicar aos copos de traçadinho, de que não deviam sair de coimbra se fazer uma serenata, e que capas negras só existem em Coimbra.

 

Não me lembro bem em que momento eu fiquei a falar sozinho, mas de certeza que eles foram arrebatados pelos meus sábios conselhos.

 

A noite já ia bem avançada quando às 23h45 dei por mim a tentar entrar numa disputa de pénaltis de vinho tinto com um caloiro... e a noite ia ainda mais avançada quando eu às 23h47 caí para o lado... ah que saudades!!!

 

Tudo na vida tem um tempo, e todos temos o nosso tempo na vida mas em Coimbra, enquanto as ruas forem escuras sinuosas e escorregadias, o tempo pára, mesmo que os actores mudem.

 

FRA!!!

 

Lefty.

 

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